Me deu vontade de gritar ao mundo, toda a minha experiência com drogas, ao absurdo que essa escolha me levou. Não vou poupar palavras, palavrões, sentimentos, nenhum deles, todos seram ditos sem a menor maquiagem, afinal se não poupei minha vida, não será agora que vou medir palavras.

Tudo que ler é a mais pura verdade, como vivo agora e muitos momentos de meus diários, escrevi tudo esses anos todos. Não vou citar nomes verdadeiros, nem o meu, muito menos os daqueles que comigo dividiram esses 26 de vida no uso ativo de drogas. As informações que eu omitir será apenas para evitar que invadam minha privacidade, minha vida no momento.

Não sei que ordem vou dar a cada postagem, não sei se vou seguir ordem cronólogica. Vai assim do jeito que eu sentir vontade de contar. (Desculpem, se na forma de redigir contém erros seja eles quais forem eu sei que é agradável aos olhos ler algo sem erros, mas como não sou escritora e estou mais atenta aos sentimentos, é bem provável que vá acontecer mas vou tentar me policiar).

Caso queiram entrar em contato, para dúvidas, perguntas, alguma curiosidade - email:
existenciaativa@hotmail.com

sábado, 9 de outubro de 2010

Um degrau abaixo

Depois de ter usado a primeira vez, já não queria ficar mais sem fumar maconha, lógico comecei a conhecer pessoas diferentes daquelas comportadas do colégio, conheci uma hippie (vou chama-lá de Lua) que se tornou uma irmã, a melhor amiga que tive por anos a fio, eu 15, ela 14anos, ela mais experiente que eu, já havia usado várias vezes. Oba era tudo que eu queria, alguém "mais esperto". Tudo veio como uma avalanche , um novo mundo, novas pessoas, eu já gostava de rock sempre ouvi em casa, mas foi nessa época que conheci também uma turma de roqueiros, perfeito! Até pés de maconha eles tinham no quintal (isso em 1983, não adianta ir atrás não existe mais..rs). Comecei a conhecer a outra eu, a pessoa com quem convivo até hoje, sexo drogas e rock and roll, não necessariamente nessa ordem. na verdade o sexo veio mais tarde, a droga me interessava mais, naquele momento - Trecho do diário: " Hoje foi o maior barato Eu a Mari e a Vera, cabulamos aula e fomos pra casa do Roberto namorado  do Mari, ele levou a gente pra casa do Claudio muito louco tem pé de maconha no quintal, cheguei no paraíso. Começamos a conversas nos "entrosamos"com a turma, a gente foi lá especialmente pra pegar um baseado. Mas também dei um maio no Claudio. Eu tava muito maluca. Conheci uma turma nova, uma turma de malucos, todos usam "bagulho". Foi o maior barato, valeu"!
Hoje: Valeu porcaria nehuma, quase valeu minha vida, atentem pra filhos cabulando aula, pro olhos vermelhos, mudança de comportamento. Não se iluda achando que o teu "nene" não vai fazer isso! Não se iluda.Vai sim.
Se tem uma coisa que nós usuários de drogas aprendemos desde cedo é a manipular, afinal tive que saber como virar na mão de traficante, usar sem que a familia percebesse, manter a aparência de boa menina. Somos por necessidade manipuladores.

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